[Reportagem] “Artintimismo”: o que diz a arte quando ela não é vista?

por Anderson Alves e Cássio Vasconcelos

A cultura contemporânea é marcada pela valorização do indivíduo e da subjetividade. Nesse sentido, a arte também sofre uma transformação, deixando de ter uma dimensão puramente externa e coletiva para assumir também um potencial de expressão da singularidade e dos anseios de libertação que atravessam o sujeito na sua luta por reconhecimento e afirmação ante si mesmo e a sociedade.

A arte, na antiguidade, era vista, antes de tudo, como um ofício. Atualmente, por seu turno, o discurso artístico também pode ser encarado como um estilo de vida, ou como uma espécie de “religião particular”. Desse modo, há uma série de pessoas que produzem arte sem a intenção de transformar essa atividade em um meio de vida. O que essa arte diz sobre esses sujeitos? O que essa arte pode dizer também às demais pessoas?

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[Reportagem] Semana de Arte Moderna: 100 anos depois

Redação por Anderson Alves e Cássio Vasconcelos; entrevista por Patrícia Morais

Cartaz do evento, desenhado por Di Cavalcanti

Há cem anos, o Theatro Municipal de São Paulo foi um palco importante na história cultural do Brasil. Foi nesse espaço que um grupo de artistas lançou as bases para uma nova compreensão sobre a identidade nacional, além de reivindicar a possibilidade de modernizar as linguagens estéticas no país. O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 chega ao século XXI mostrando que seu impacto é sentido até hoje.

O evento, ao contrário do que seu nome indica, durou apenas três dias: 13,15 e 17 de fevereiro. Contou com a participação de personalidades polêmicas e combativas, como os poetas Mário e Oswald de Andrade – que, apesar do sobrenome, não tinham nenhum parentesco. Nas artes plásticas, Anitta Malfatti, Di Cavalcanti e Victor Brecheret foram algumas das figuras a dar cores e formas ao evento. Além do Quarteto Terceiro e da solista Guiomar Novais, a música ficou sob a batuta de Heitor Villa-Lobos, que estava com uma terrível crise de gota, o que o obrigou a reger a orquestra de chinelos.

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